Carta informando da doença que debilitou o conde Karl von Zinzendorf na sua estadia em Lisboa, referindo o espetáculo de ópera que perdera no Palácio de Queluz, e esclarecendo D. João Carlos de Bragança, 2.º Duque de Lafões, acerca da representação que fizera da Princesa D. Maria, e outros assuntos
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Carta informando da doença que debilitou o conde Karl von Zinzendorf na sua estadia em Lisboa, referindo o espetáculo de ópera que perdera no Palácio de Queluz, e esclarecendo D. João Carlos de Bragança, 2.º Duque de Lafões, acerca da representação que fizera da Princesa D. Maria, e outros assuntos
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/ACL/JCB/0001/000158
Tipo de título
Atribuído
Título
Carta informando da doença que debilitou o conde Karl von Zinzendorf na sua estadia em Lisboa, referindo o espetáculo de ópera que perdera no Palácio de Queluz, e esclarecendo D. João Carlos de Bragança, 2.º Duque de Lafões, acerca da representação que fizera da Princesa D. Maria, e outros assuntos
Datas de produção
1767-09-28
a
1767-09-28
Dimensão e suporte
4 f.; papel
Âmbito e conteúdo
Reporta ao espetáculo de ópera no Palácio de Queluz, descrevendo-o: "É um teatro pequeno feito expressamente no jardim, que lhe serve de plateia, adonde, em lugar de bancos, se vê o buxo, flores e vasos. De fronte da boca do teatro é a varanda das majestades, e por baixo camarote para as pessoas que têm lugar. O Cardeal e ministros estrangeiros também têm lugar. O resto é muito bem pintado, e com as luzes faz linda vista o jardim desembaraçado de gente. A ópera é (?), os músicos são os melhores que se podem imaginar, e a orquestra do mesmo modo. Costuma-se seguir a isto um fogo lindíssimo no mesmo teatro e fora dele fogos de artifício excelente, de grande magnificência e despesa. Enfim isto cá está muito mudado. O bom gosto e magnificência de El-Rei, e a união que reina entre os dois irmãos, e o gosto que o Senhor Infante D. Pedro faz de hospedar as majestades em sua casa tem levado a uma grande ponto de profusão os divertimentos de Queluz, principalmente quando a nossa Princesa e infantas cantam". Em jeito de esclarecimento de carta passada, em que menciona as qualidades físicas da Princesa D. Maria, D. Joana Perpétua de Bragança identifica que "(...) eu na palavra "airosa" quis explicar não só um corpo sem defeito, mas sim uma postura vantajosa com costas direitas, ombros largos, proporção agradável em todas as partes, e, enfim, bem feita (...). Tem lindas mãos, braços e garganta (...) tem maior estatura, porque, ainda que não é a mais alta de suas irmãs, de nenhuma sorte se pode chamar baixa. (...) hão-de perder muito os retratos da Senhora Infanta, e principalmente por neles se não poder expressar a graça com que abre a boca para falar que muitas vezes, ainda quando falta a regularidade das feições, decide do merecimento de uma beleza que, por mais perfeita que seja, se lhe falte os bons dentes e graça da boca, tudo morre.", discorrendo ainda acerca da sua devoção a Deus, da sua instrução em ciências e línguas, bem como da habilidade musical. Procede igualmente à descrição das irmãs, a Infanta D. Mariana e a Infanta D. Doroteia.
Cota atual
D. João Carlos de Bragança, cx. 1, n.º 158
Idioma e escrita
Português
Notas do arquivista
Data2024-03-12
ArquivistaJoana Soares