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Carta refutando a ideia de que estaria a ocultar impressões negativas sentidas a respeito do irmão, reafirmando não existir da parte da corte qualquer sinal de descontentamento, confirmando, de resto, a sua disponibilidade para haver resposta do ministro

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Carta refutando a ideia de que estaria a ocultar impressões negativas sentidas a respeito do irmão, reafirmando não existir da parte da corte qualquer sinal de descontentamento, confirmando, de resto, a sua disponibilidade para haver resposta do ministro

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/ACL/JCB/0001/000148

Tipo de título

Atribuído

Título

Carta refutando a ideia de que estaria a ocultar impressões negativas sentidas a respeito do irmão, reafirmando não existir da parte da corte qualquer sinal de descontentamento, confirmando, de resto, a sua disponibilidade para haver resposta do ministro

Datas de produção

1767-04-14  a  1767-04-14 

Dimensão e suporte

4 f.; papel

Âmbito e conteúdo

Sugerindo D. João Carlos de Bragança, 2.º Duque de Lafões, de que a sua irmã estaria "a falar com política, quase dando-me a entender que eu sou capaz de lhe ocultar o que aqui se entende a [seu] respeito", preocupado pela falta de despacho e constante ausência de resposta por parte do ministério, submete D. Joana Perpétua de Bragança um conjunto de esclarecimentos. Nesta carta reporta-se a duas ocasiões em que ouviu mencionar o nome do seu irmão: "(...) ouvi D. Luís da Cunha tinha dito que você fizera mal em não vir para Portugal; porém (...) você tinha escrito ao Conde de Oeiras sobre este particular, é natural que D. Luís ignorasse isto"; e "em fevereiro de 1758 na ocasião em que o Duque [D. Pedro de Bragança, 1.º Duque de Lafões], que Deus tem, adoeceu na Barraca me disse o Conde de Oeiras que talvez o mano Duque se mortificaria de você ter saído precipitadamente de Londres para Viena, porém que isso não importava, porque já assim o tinha dito ao mano". Conclui desvalorizando "que se isto fosse ocasião de enfado, desde então lhe faltariam a você as respostas, e é certo que você a teve, como me disse". Sugere ainda ao irmão que se "entende que eu sou má procuradora, veja se lhe lembra alguma valia para conseguir o que pretende", referindo que contacte o arcebispo de Évora, D. João Cosme da Cunha, pelos laços de amizade. Além disto, de forma a rebater a ideia do seu irmão, de que o facto de não ter servido na guerra provocara a sua reputação, apresenta a autora exemplos de vassalos que, circulando na esfera régia e mantendo boas relações com D. José I, não apresentaram serviço militar - mencionam-se os filhos do Duque de Cadaval, "(...) que não assentaram praça, nem foram à campanha de voluntários", e os filhos do Marquês de Marialva, "(...) três filhos, já homens (...) deixaram de ir à campanha" -, concluindo que "Por aqui verá você que o ter ido, ou não, à guerra é indiferente, e que El-Rei se serve de seus vassalos quando e como lhe parece". Por fim, indica que falará a Sebastião José de Carvalho e Melo, 1.º Marquês de Pombal e 1.º Conde de Oeiras, mas que não cede à sugestão feita pelo irmão de pedir audiência privada ao ministro, "porque, além de isto cá não ser costume e ser coisa que daria brado na terra, temeria eu expor-me a que me não fosse concedida".

Cota atual

D. João Carlos de Bragança, cx. 1, n.º 148

Idioma e escrita

Português

Notas do arquivista

Data2024-03-11 ArquivistaJoana Soares